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POLÍCIA

Lobista de MT aumentou patrimônio em 3.000% em dois anos

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O empresário Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado como o lobista responsável por vender sentenças do Superior Tribunal de Justiça (STJ), registrou um aumento patrimonial de 3.052% entre 2014 e 2015 e é alvo de um inquérito que apura a suposta prática de lavagem de dinheiro. A informação é do jornalista José Marques, do jornal Folha de S. Paulo.

“[Andreson é] protagonista de relevante evolução no que tange à propriedade de bens entre os anos de 2014 e 2015, saltando de um patrimônio avaliado em R$ 305.000 para outro estimado em R$ 9.311.540”, diz análise da Polícia Federal, conforme a publicação.

De acordo com o documento, Andreson não apresentou nenhum novo ganho financeiro que justificasse a evolução naquele período. Entre 2009 e 2015, os rendimentos declarados por Andreson foram de aproximadamente R$ 1 milhão.

Atualmente, o acusado aguarda uma decisão do próprio STJ, para que o inquérito contra ele seja remetido de uma vara especializada em lavagem de dinheiro para a Vara Federal de Cáceres, na fronteira com a Bolívia.

O relator do caso é o ministro Messod Azulay, que ainda não se manifestou. O Ministério Público Federal (MPF) é contra o pedido.

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As apurações sobre o aumento do patrimônio de Andresson começaram em 2011, depois que as autoridades suspeitaram que ele pudesse estar envolvido com tráfico de drogas, após uma viagem para a Bolívia e, posteriormente, entrar em contato com o advogado de um homem que foi preso com quase 300 kg de cocaína.

Ele foi denunciado pelo MPF em agosto de 2015, sob a acusação de crimes de associação para o tráfico e tráfico internacional.

Sua defesa alegou que ele não tinha envolvimento com o caso e que a conversa com o advogado tinha o objetivo de tratar de “um trabalho jurídico em prol do cliente”. Andreson não é advogado, mas se apresenta como bacharel.

Em outubro de 2018, o próprio MPF entendeu que não haviam elementos claros para associá-lo aos crimes imputados e pediu sua absolvição, o que ocorreu no âmbito do Tribunal Regional da 1ª Região (TRF1).

O processo foi iniciado na vara de Cáceres, mas em 2019 foi remetido para a vara especializada em lavagem de dinheiro. Segundo o MP, foram identificadas inconsistências nas declarações de Andreson, que foram confrontadas com os dados fornecidos por empresas bancárias.

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“No referido relatório de análise, ficou evidenciado que o patrimônio alcançado por Andreson de Oliveira Gonçalves não encontra justificativa”, afirmou o MP, que considera que possam haver relação entre as movimentações financeiras e eventuais práticas criminosas.

Andreson era interlocutor de Roberto Zampieri em Mato Grosso. O advogado foi morto em dezembro passado, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.

Conversas extraídas do aparelho do advogado mostraram relação estreita com desembargadores, levando ao afastamento de dois magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Andreson também ajudava Zampieri a ter contato com os tribunais de Brasília e negociava sentenças proferidas por ministros do STJ, que afirma que as eventuais práticas criminosas teriam sido praticadas por assessores.

Ele também tinha relação com vendas de sentenças em Mato Grosso do Sul, onde cinco desembargadores foram afastados dos cargos no mês passado.

As denúncias são investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

(Repórter MT)

 

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POLÍCIA

Polícia Civil identifica responsáveis por desaparecimento e homicídio de adolescente em Rondonópolis

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A Delegacia de Homicídios de Rondonópolis concluiu a investigação sobre o desaparecimento e morte de um adolescente, ocorrido no início deste mês, e indiciou três pessoas pelos crimes. Dois envolvidos estão presos e um terceiro é procurado pela Polícia Civil.

No dia 10 de janeiro, a delegacia recebeu o registro do desaparecimento de Carlos Henrique Rosa Rezende Costa, de 16 anos. De acordo com mãe do menor, ele saiu de casa no dia 8 de janeiro, por volta das 15h30, dizendo que procuraria um emprego e não mais retornou à residência.

A equipe policial iniciou imediatamente as diligências e descobriu que o adolescente pegou um carro de transporte de aplicativo ao sair de casa. O motorista foi identificado e confirmou que levou Carlos Henrique até o Shopping Popular. A equipe da DHPP apurou que após chegar nas proximidades do centro comercial, o adolescente subiu em uma motocicleta, que o aguardava no local, e saiu.

Diligências

Depois de outras buscas pela cidade, os investigadores conseguiram identificar o piloto da motocicleta, B.S.D.O, de 27 anos, irmão da namorada do adolescente. Ele foi flagrado quando tentava sair de Rondonópolis, na tarde de 10 de janeiro, em um ônibus com destino a Jataí (GO).

O suspeito foi conduzido à delegacia e durante interrogatório confirmou que deixou Carlos Henrique perto de uma rotatória e o entregou a dois homens que estavam armados. Depois disso, recebeu o valor de R$ 400,00 como recompensa e foi embora. Ele declarou ainda que quando entregou o adolescente no local combinado estava ciente de que ele seria morto em seguida e se aproveitou da confiança que tinha com a vítima para atraí-lo sem que ele desconfiasse que se tratava de uma emboscada.

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Ao ser questionado sobre quem o contratou, o suspeito declarou que tinha sido Edson Prada de Moraes, de 39 anos. O crime foi motivado pelo fato de uma antiga companheira de Edson ter se relacionado com o adolescente.

B.S.D.O. foi autuado em flagrante pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e resistência. O flagrante foi convertido em prisão preventiva e ele segue preso.

O delegado responsável pela investigação, João Paulo Praisner, representou pela prisão preventiva de Edson Prada, que foi deferida pela Justiça. Ele é considerado foragido.

Mandados de buscas e prisões

Ainda durante a investigação sobre o desaparecimento do adolescente, no dia 15 de janeiro, a equipe da DHPP cumpriu mandados de prisão temporária e de busca e apreensão domiciliar contra J.M.D.A.F, de 46 anos de idade.

Ele foi identificado como o proprietário da motocicleta utilizada para levar o adolescente até o local determinado por Edson Prada. Em interrogatório, o dono da moto confirmou que tinha prévio conhecimento que o adolescente seria morto. O investigado também confirmou a motivação para o crime.

Ainda na semana passada, a equipe policial cumpriu outros dois mandados de buscas em duas residências. Um dos imóveis, no bairro Dom Osório, foi identificado como o local para onde o adolescente foi levado após a emboscada. Na casa foram apreendidos documentos e materiais que vinculam Edson Prada como o responsável pelo local. A cada dele também foi alvo de buscas.

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Sumiço do corpo

A investigação reuniu informações que confirmaram que Carlos Henrique foi morto ainda na tarde de 8 de janeiro, em uma região de mata. Um dos investigados presos disse que ter ouvido que Edson planejava levar o corpo até um local conhecido por ‘sumidouro’ na região de Itiquira.

As equipes da DHPP, com apoio do Corpo de Bombeiros, realizaram diligências na região, porém o corpo do adolescente não foi localizado até o momento.

O delegado João Paulo Praisner destacou que o inquérito foi concluído na última sexta-feira (17), com o indiciamento dos dois investigados que estão presos e também do criminoso foragido pelos delitos de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e sequestro.

Informações que possam levar ao paradeiro de Edson Prada de Moraes podem ser encaminhadas aos telefones de denúncia das forças de segurança. Quem tiver informações sobre a localização do corpo do adolescente pode entrar em contato com as Polícias Civil ou Militar pelos números 197 e 190.

Fonte: Policia Civil MT – MT

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