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Viver a Semana Santa

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Neste tempo sagrado, somos convidados a fazer uma pausa. Em meio à correria, à rotina e às distrações da vida, a Semana Santa abre espaço para o silêncio, para a escuta interior, para refletirmos sobre o que realmente importa.

 

Para os cristãos, é a celebração do amor que se entrega, do Cristo que não desiste da humanidade. É a lembrança viva de que a dor é a passagem para uma vida nova. A cruz, que poderia simbolizar fracasso, se transforma em sinal de esperança.

 

E mesmo para quem não se reconhece dentro de uma fé religiosa, a Semana Santa nos inspira com valores universais: solidariedade, perdão, empatia, recomeço. Ela nos convida a olhar para o outro com mais compaixão e para nós mesmos com mais verdade.

 

No Tríduo Pascal — da Quinta-feira Santa ao Domingo de Páscoa — percorremos um caminho de entrega, silêncio e celebração. Uma jornada que começa com o gesto simples de lavar os pés, passa pela dor da cruz e culmina com a luz da Ressurreição. A cada ano, essa caminhada nos lembra que, mesmo nas noites mais escuras, a esperança sempre renasce.

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Viver a Semana Santa é deixar-se transformar, é permitir que cada gesto, cada silêncio e cada palavra desse tempo sagrado toque o mais íntimo de nós. É reconhecer as próprias fragilidades, dores e dúvidas — não para se encolher diante delas, mas para encontrar sentido e força naquilo que nos move de verdade.

 

Viver a Semana Santa é renovar a fé. Não uma fé cega, automática ou distante, mas uma fé viva, que dialoga com a realidade, que questiona e se aprofunda, que busca coerência entre o que se crê e o que se vive. É voltar à fonte, ao essencial, à confiança de que não caminhamos sozinhos.

 

Viver a Semana Santa é reacender a esperança, mesmo quando tudo parece escuro, a Semana Santa nos lembra que a dor não é a última palavra. Nos lembra que o silêncio do Sábado Santo prepara o anúncio da vida nova, que recomeçar é possível e que o amor não morre. Reacender a esperança é escolher acreditar, mesmo sem entender tudo.

 

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Viver a Semana Santa é, sobretudo, escolher mais uma vez o caminho do amor.
O amor que acolhe, que perdoa, que serve. Que não desiste das pessoas, nem de si mesmo. O amor que não é romantizado, mas vivido no concreto das relações, no cuidado diário, na escolha consciente de fazer o bem.

 

Viver a Semana Santa é essa oportunidade sagrada de recomeçar por dentro. É um convite pessoal e, ao mesmo tempo, universal. Uma chance de transformar não só o coração, mas também o mundo à nossa volta.

 

Qualquer que seja seu credo, permita que o amor maior te alcance hoje e tenham todos uma Santa Semana!

 

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Renato Nery: sua morte exige voz, justiça e memória

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A morte brutal do advogado e ex-presidente da OAB-MT, Dr. Renato Gomes Nery, não pode ser tratada com indiferença. Trata-se de um crime que atinge diretamente a advocacia e a democracia. Renato foi um homem honrado, combativo e comprometido com a justiça — sua memória exige respeito e posicionamento firme por parte da sociedade e das instituições.

É inaceitável que um colega de trajetória tão marcante seja silenciado sem uma reação proporcional à gravidade do que ocorreu. Tive a honra de iniciar minha vida institucional na OAB-MT como conselheiro estadual em sua gestão. Conheci de perto o homem e o advogado.

Como ex-presidente da OAB-MT, tenho a obrigação de falar de Renato Nery. Não posso me calar diante da execução de um colega que também ocupou essa honrosa função. A presidência da Ordem não é apenas um cargo: é um compromisso com a defesa intransigente da advocacia e da democracia. Renato honrou essa missão com coragem, combatividade e senso de justiça.

A execução do colega, agora apontada pelas investigações como motivada por disputas fundiárias, exige não apenas uma rigorosa apuração policial, mas também uma profunda reflexão sobre os riscos enfrentados pelos que exercem a advocacia com independência e compromisso. O advogado precisa ter, acima de tudo, segurança para atuar. Sem isso, toda a estrutura democrática se fragiliza.

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É essencial que todos os desdobramentos do crime sejam investigados com máxima seriedade, inclusive aqueles de natureza patrimonial – para afastar oportunistas. Nada pode ser omitido ou minimizado. Só assim evitaremos injustiças irreparáveis e honraremos verdadeiramente a memória de Renato.

Neste momento em que prisões foram realizadas, inclusive de pessoas apontados como mandantes, é justo reconhecer o trabalho diligente dos órgãos de segurança pública, especialmente da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa. A atuação firme e técnica tem sido crucial para elucidar os fatos e oferecer respostas à sociedade.

À família de Renato, deixo minha solidariedade mais sincera. Que o legado de integridade, coragem e compromisso deixado por ele sirva como farol para todos os que ainda acreditam no poder transformador da advocacia e na força da verdade.

Renato Nery merece ser lembrado, respeitado e defendido — em vida e na memória. Seu nome não pode ser esquecido, nem a sua luta ignorada.

Ussiel Tavares é advogado e ex-presidente da OAB-MT

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