Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
CUIABÁ

AGRONEGÓCIO

Com dívidas de mais R$ 60 milhões, grupo do agro entra em recuperação judicial

Publicado em

A Justiça de Mato Grosso deferiu o pedido de recuperação judicial formulado pelo Grupo Boffo, que atua no setor de agronegócio no estado. A decisão foi proferida no último dia 30 de abril, pela juíza da 4ª Vara Cível de Sinop, Giovana Pasqual de Mello. Com atividades nos municípios de Paranaíta, Apiacás e Alta Floresta, o conglomerado apresenta dívidas que ultrapassam os R$ 60 milhões.

O grupo é formado pelos produtores Marcos Aurélio Boffo e Larissa Carolina Dantas Vieira Boffo, além da empresa MB Armazéns Gerais. Eles atuam nos setores de agricultura e pecuária e prestam serviços de armazenagem de grãos e insumos agrícolas. A defesa do conglomerado é feita pelo advogado Marco Aurélio Mestre Medeiros.

Ao formular o pedido de recuperação, eles explicaram que uma série de fatores afetou a atividade agrícola. Entre eles estão a frustração da safra 2023/2024, excesso de chuvas, alta do dólar e dificuldade de acesso a crédito. Embora o grupo tenha investido em uma estrutura própria de armazenagem, além de adotar medidas para reorganizar a produção, não foi possível conter o agravamento do cenário.

Leia Também:  Soja ganha força, mas irregularidade das chuvas preocupa produtores

No despacho em que deferiu o pedido, a magistrada afirmou que o conglomerado cumpriu os pressupostos legais e que a medida visa superar a “situação de crise econômico-financeira dos requerentes, permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da atividade empresarial, sua função social e o estímulo à atividade econômica”.

Por conta disso, Giovana determinou a suspensão, pelo prazo de 180 dias, de todas as ações de cobrança ou execuções contra o grupo. Pelo mesmo prazo, estão proibidas quaisquer formas de retenção, arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão e constrição judicial ou extrajudicial sobre os bens dos devedores.

A juíza também já nomeou um administrador judicial, que deverá apresentar à Justiça uma série de documentos e relatórios, além de atuar na comunicação junto aos credores.

COMENTE ABAIXO:
Advertisement

AGRONEGÓCIO

Estado lança pacote de medidas para fortalecer o agronegócio e proteger produtores de leite e aves

Published

on

O governo do Paraná anunciou nesta semana duas medidas voltadas ao fortalecimento do agronegócio local e à proteção da produção estadual diante da concorrência com produtos importados. As ações envolvem mudanças tributárias para o setor avícola e novas regras para o uso de leite em pó estrangeiro.

O objetivo é  reduzir custos, proteger a produção interna e aumentar a competitividade do agronegócio local. No caso do leite, a meta é evitar a desvalorização do produto nacional e dar fôlego a cooperativas e pequenos produtores. Já na avicultura, o foco é garantir melhores condições tributárias e ampliar a presença do Paraná nos mercados interno e externo.

A primeira medida, publicada na segunda-feira (03.11) retirou as carnes de aves cozidas do regime de Substituição Tributária (ST) do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Já a segunda, sancionada na quarta-feira (06.11), por meio da Lei nº 22.765/2025, proibiu a reconstituição, no Paraná, de leite em pó importado e outros derivados para produção de itens destinados ao consumo humano.

As decisões integram um pacote que busca reforçar a competitividade do campo paranaense, setor que representa parcela significativa do PIB estadual e nacional, e responder à pressão dos produtores de leite, que enfrentam dificuldades com o aumento das importações, principalmente de países do Mercosul.

Pela nova lei, está proibido o uso de leite em pó, soro de leite e compostos lácteos de origem estrangeira na fabricação de produtos destinados ao consumo humano. A exceção é a comercialização direta ao consumidor final, desde que os itens estejam em embalagens próprias para o varejo e sigam as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Leia Também:  Avanço em monitoramento climático abre novas oportunidades para o agro

O objetivo é proteger a cadeia leiteira estadual, que envolve milhares de famílias e é considerada estratégica para a economia rural. Em 2024, o Paraná produziu 3,9 bilhões de litros de leite, e nos dois primeiros trimestres de 2025 o volume chegou a 2,02 bilhões de litros, mantendo quatro períodos consecutivos acima de 1 bilhão de litros.

Com 15,7% da produção nacional, o Estado tem a segunda maior bacia leiteira do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais, que responde por 23,8%, e à frente de Santa Catarina.

O governo também estuda ampliar a utilização do leite local na merenda escolar e em programas de compra pública, em modelo semelhante ao Compra Direta Paraná, que adquire alimentos da agricultura familiar para abastecer escolas, hospitais e entidades assistenciais.

A medida é uma resposta direta à crise vivida pelo setor leiteiro nacional. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vem defendendo a aplicação de medidas antidumping para conter a entrada crescente de leite do Mercosul a preços inferiores aos praticados internamente, o que tem pressionado a renda dos produtores brasileiros.

A outra medida anunciada pelo governo foi o Decreto nº 11.712/2025, que retira as carnes de aves cozidas do regime de Substituição Tributária a partir de janeiro de 2026. A decisão atende a uma demanda antiga das indústrias e cooperativas paranaenses, que reclamavam da perda de competitividade gerada pela cobrança antecipada do imposto.

Leia Também:  Conversão de pastagens deve receber incentivo de mais R$ 8 bilhões

No modelo atual, o tributo é recolhido pela indústria no momento da saída do produto da fábrica, o que encarece os estoques e reduz o fôlego financeiro das empresas. Com a mudança, o ICMS passará a ser pago apenas na venda ao consumidor, alinhando o Paraná às práticas tributárias de outros estados e reduzindo distorções de mercado.

O Estado é líder nacional na produção de aves e responde por mais de um terço da produção brasileira. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná produziu 558,6 milhões de aves no último trimestre, consolidando-se como referência no setor.

As carnes de aves cozidas incluem produtos de maior valor agregado, como frango desfiado e cortes temperados. Embora representem uma fatia menor do total produzido, são essenciais para ampliar margens industriais e estimular a diversificação da oferta.

A retirada da Substituição Tributária complementa uma decisão semelhante tomada em março, quando o governo estadual já havia excluído as carnes temperadas do mesmo regime. As mudanças buscam estimular a industrialização, atrair novos investimentos e gerar empregos na cadeia avícola, que possui forte presença no interior do Estado.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

CUIABÁ

VÁRZEA GRANDE

MATO GROSSO

POLÍCIA

MAIS LIDAS DA SEMANA